O Governo Federal publicou, nesta semana, o documento “Crianças, Adolescentes e Telas: Guia sobre Uso de Dispositivos Digitais”. A publicação foi desenvolvida em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e instituições do governo federal. O objetivo é fornecer ferramentas para promover o uso equilibrado das ferramentas digitais, pensando nos excessos de telas por crianças e adolescentes e à prevenção à saúde física e mental.
Segundo o guia do governo, crianças e adolescentes passam por intensas mudanças físicas, mentais e sociais, sendo influenciados pelo ambiente e cultura. Um dos principais fatores que levam ao uso precoce e excessivo desses dispositivos é o comportamento dos adultos, que servem como modelo. Assim, decisões sobre o uso de tecnologia em casa ou na escola devem considerar o melhor interesse da criança, sua proteção e autonomia progressiva.
A publicação ressalta que empresas de tecnologia devem adotar medidas de segurança, restringir a coleta de dados, evitar publicidade para crianças e combater o trabalho infantil. O documento também diz que a educação digital e midiática é essencial para ensinar o uso seguro e benéfico da tecnologia, reduzindo riscos.
O lançamento desse guia demonstra como o debate sobre o impacto dos dispositivos digitais na infância e adolescência está cada vez mais presente na agenda pública e que é possível construir um caminho que equilibre os benefícios da tecnologia com a segurança e o bem-estar das crianças e adolescentes.
Entre as recomendações do Guia estão:
- Evitar telas para crianças menores de 2 anos, exceto para videochamadas com familiares.
- Seguir a classificação indicativa para redes sociais, pois muitas não são apropriadas para crianças.
- Monitorar o uso de dispositivos por adolescentes (12-17 anos).
- Incentivar o uso de tecnologia para acessibilidade de crianças com deficiência; entre outros