Pesquisa do World Economic Forum aponta que 60% dos empregadores esperam que a digitalização transforme seus negócios até 2030

As transformações tecnológicas, fragmentação geoeconômica, incerteza econômica, mudanças demográficas e transição verde vão moldar o mercado de trabalho global até 2030, de acordo com o Relatório Futuro do Trabalho 2025, da World Economic Forum. O estudo foi realizado com 1.000 grandes empregadores globais que representam 14 milhões de trabalhadores em 22 setores e 55 economias. 

Segundo a pesquisa, o futuro do trabalho será moldado pela tecnologia, mudanças demográficas e a transição verde. Empresas e trabalhadores que investirem em requalificação e atualização de habilidades estarão mais preparados para enfrentar os desafios e oportunidades até 2030, como aponta a pesquisa. 

Os dados mostram que, sobre as principais tendências e impactos, 60% dos empregadores esperam que a digitalização transforme seus negócios até 2030. Entre os principais avanços tecnológicos estão: Inteligência Artificial e Processamento de Dados (86%); Robótica e Automação (58%); Geração, Armazenamento e Distribuição de Energia (41%). Sobre os impactos tecnológicos nos empregos, espera-se o crescimento da demanda por IA, Big Data, Redes, Cibersegurança e Alfabetização Tecnológica.

No que diz respeito ao custo de vida e condições econômicas, a pesquisa mostra que 50% dos empregadores esperam que o aumento do custo de vida transforme seus negócios até 2030. 42% preveem impacto devido ao crescimento econômico lento. O estudo também alerta que 1,6 milhão de empregos podem ser eliminados globalmente devido à desaceleração econômica.

Em relação às mudanças climáticas, 47% dos empregadores acreditam que a mitigação climática transformará seus negócios. Porém, sobre fragmentação geoeconômica e tensões geopolíticas, 34% das empresas acreditam que isso transformará seus negócios e 23% identificam restrições comerciais como fator relevante.

Impactos no Mercado de Trabalho 

A pesquisa indica que 22% dos empregos atuais serão afetados por mudanças estruturais até 2030, com a criação de 170 milhões de novos empregos (14% do total atual), eliminação de 92 milhões de empregos (8% do total atual) e crescimento líquido de 78 milhões de empregos (7% do total atual). 

Segundo o estudo, 59% da força de trabalho global precisará de treinamento até 2030: 29% poderão ser aprimorados em seus cargos atuais; 19% serão realocados dentro da empresa; 11% não receberão treinamento adequado, ficando vulneráveis ao desemprego. Ainda, 85% das empresas investirão na capacitação de funcionários: 70% contratarão trabalhadores com novas habilidades; 40% reduzirão trabalhadores cujas habilidades se tornarem obsoletas; 50% realocarão trabalhadores para áreas de crescimento.

Em relação aos empregos em crescimento, em maior crescimento absoluto estão: trabalhadores da linha de frente (agricultores, motoristas de entrega, operários da construção, vendedores); setor de saúde (enfermeiros, assistentes sociais, cuidadores); e educação (professores universitários e do ensino médio). Em maior crescimento percentual estão: Big Data, Fintech, IA, Machine Learning, Energia Renovável.

Já em relação aos empregos em declínio estão funções administrativas operacionais, como: Caixas, atendentes de bilheteria, assistentes administrativos, secretários, funcionários dos correios, caixas de banco, digitadores de dados.

A pesquisa aponta que 39% das habilidades atuais precisarão ser atualizadas. As habilidades mais procuradas vão ser: Pensamento analítico (essencial para 70% das empresas); Resiliência, flexibilidade e agilidade; liderança e influência social; IA, Big Data, Cibersegurança e Alfabetização Tecnológica; Criatividade e aprendizado contínuo. As habilidades em declínio são: destreza manual, resistência física e precisão (24% das empresas).

Leia aqui a pesquisa na íntegra.