No editorial da quarta-feira, dia 10 de janeiro de 2024, publicado pela Folha de S. Paulo, intitulado “Ataque à liberdade”, a publicação expressa sua visão sobre a politização do aniversário do ataque às sedes dos três Poderes em Brasília. Segundo a Folha, o evento, que deveria celebrar a democracia, foi utilizado para impulsionar uma pauta legislativa controversa, especialmente no que diz respeito à regulamentação da internet.
A Folha destaca que o ministro Alexandre de Moraes, sem o comedimento esperado de um magistrado, defendeu o endurecimento da regulamentação da internet, citando a necessidade de combater o que ele chama de “novo populismo digital extremista”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também é mencionado por sua retórica inflamada sobre como as redes sociais contribuíram para a disseminação de mentiras e discursos de ódio, que alimentaram o ataque de 8 de janeiro.
Segundo a Folha, embora haja uma necessidade de debater a regulação da internet e o poder excessivo das grandes plataformas, a proposta de maior controle estatal sobre o conteúdo publicado apresenta riscos para a liberdade de expressão, que é fundamental para a democracia.
O jornal argumenta que, em regimes democráticos, é função da Justiça, e não de órgãos reguladores, punir os responsáveis pela divulgação de conteúdo ilegal. A Folha também critica a hipocrisia de políticos que buscam impor restrições à internet, mas se isentam delas, enfatizando que mesmo propostas de censura para combater as fake news devem ser cuidadosamente avaliadas para evitar o arbítrio.
Em resumo, o editorial da Folha de S. Paulo expressa preocupações com a liberdade de expressão e a regulamentação da internet, destacando a importância de uma abordagem equilibrada e democrática para essas questões.
Para ler o editorial completo acesse: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2024/01/ataque-a-liberdade.shtml